Ibama Aprova Simulações Para Exploração de Petróleo em Águas Profundas do Amapá
- 20/05/2025

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou nesta segunda-feira (19/05) um plano de prevenção a emergências proposto pela Petrobras como parte de seu projeto para prospectar petróleo na bacia da foz do rio Amazonas, em águas profundas do Amapá. Segundo a Petrobras, essa é a última etapa prevista no processo de licenciamento no Ibama para perfurar um poço exploratório na região da Margem Equatorial, a 500 km da foz do rio Amazonas e a mais de 160 km da costa. "A aprovação indica que o plano, em seus aspectos teóricos e metodológicos, atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa: a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada, que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo", diz uma nota do Ibama. O órgão destacou, porém, que a aprovação desta segunda-feira "não configura a concessão de licença para o início da realização da perfuração exploratória". "A continuidade do processo de licenciamento dependerá da verificação, em campo, da viabilidade operacional do Plano de Emergência Individual", disse o Ibama.
Para Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, uma organização da sociedade civil, a decisão do Ibama desta segunda-feira é "pontual, mas traz todas as evidências de que essa licença sairá". Ela acredita que o licenciamento deve ser aprovado ainda neste ano. A próxima e última etapa do processo envolverá vistorias e simulações no local para verificar como a petrolífera responderia em caso de uma emergência. Por exemplo, será testado o resgate a animais afetados pelo derramamento de óleo. De acordo com a Petrobras, os testes envolverão mais de 400 pessoas, navios de grande porte e helicópteros. A Petrobras defende que "a confirmação da existência de petróleo na Margem Equatorial poderá abrir uma importante fronteira energética para o país, que se desenvolverá de forma integrada com outras fontes de energia e contribuirá para que o processo de transição energética ocorra de forma justa, segura e sustentável".