Fotógrafo Brasileiro Desaparece ao Escalar Montanha no Peru
- 04/06/2025

O montanhista, fotógrafo e guia brasileiro Edson Vandeira, de 36 anos, está desaparecido desde a última quinta-feira, 29, quando fazia uma escalada no Peru. Ele e dois outros montanhistas iniciaram a escalada do Nevado Artesonraju, pico de 6.025 metros na Cordilheira Blanca, dentro do Parque Nacional Huascarán, e deveriam ter retornado no domingo (1º), mas não dão notícias desde quinta-feira. Uma equipe de salvamento está à procura do grupo. Vandeira iniciou a escalada com os peruanos Efraín Pretel Álonzo, da cidade de Huari, e Jesús Huerta Picón, de Caraz. Eles estudam juntos no Centro de Estudos de Alta Montanha (CEAM), onde fazem curso de aspirante a guia da Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha. O trio pretendia completar uma rota técnica de ascensão.
Segundo relatos de colegas dos montanhistas, o trio partiu às 13h de quinta-feira e deveria chegar ao cume da montanha por volta de 1h da sexta-feira. Conforme esses montanhistas, durante a noite foram vistas luzes se movimentando na crista da montanha, o que sugere que o trio chegou ao cume, mas pode ter tido algum problema durante a descida. A rota de descida do Artesonraju exige quatro rapeis técnicos. Diante da falta de notícias, uma equipe especializada de resgate, em coordenação com a Polícia de Alta Montanha, trabalha para encontrá-los. A barraca onde o grupo deveria ter se abrigado foi localizada, mas estava vazia.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), por meio da Embaixada do Brasil em Lima, informou que acompanha o caso e está em contato com a família do brasileiro, a quem presta assistência consular, e as autoridades locais. Nascido em Campo Grande-MS, Edson Vandeira começou a praticar montanhismo em 2008, aos 19 anos, segundo relata em seu site. Ao mesmo tempo se interessou pelo mundo da fotografia, particularmente por imagens de aventura e natureza. Vandeira já liderou grupos no Brasil, nos Andes e no Himalaia. Participou de nove expedições à Antártida, trabalhando lá por cerca de três meses a cada ano, como responsável pela segurança dos cientistas em campo e gerenciando a logística do acampamento. Atualmente mora no Peru.